terça-feira, 16 de novembro de 2010

Recitando Borboletas


Este vídeo nos mostra que a interdisciplinaridade é uma constante no processo ensino-aprendizagem e que nos permite a superação e quebra de paradigmas. No desenvolvimento do Projeto referente aos animais foi proposto aos alunos da 4ª série 03, através das professoras Beatriz e Elena, um estudo científico com relação a metamorfose. Este trabalho desencadeou uma pesquisa na sala informatizada, buscando poesias referentes as borboletas; identificando autores; confecção de máscaras; organização de grupos com objetivo de memorizar e recitar .

Para a apresentação foi montado um painel na sala de dança e convidado os alunos do ensino fundamental pra prestigiar.

Experiência gratificante!!!






POESIAS:
As Borboletas (VINICIUS DE MORAES)

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas

Brincam
Na luz
As belas
Borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então...
Oh, que escuridão!

A borboleta (OLAVO BILAC)

Trazendo uma borboleta,
Volta Alfredo para casa.
Como é linda! é toda preta,
Com listas douradas na asa.
Tonta, nas mãos de criança,
Batendo as asas, num susto,
Quer fugir, porfia, cansa,
E treme, e respira a custo.
Contente, o menino grita:
“É a primeira que apanho,
Mamãe!vê como é bonita!
Que cores e que tamanho!
Como voava no mato!
Vou sem demora pregá-la
Por baixo do meu retrato,
Numa parede da sala.”
Mas a mamãe, com carinho,
Lhe diz: “Que mal te fazia,
Meu filho, esse animazinho,
Que livre e alegre vivia?
Solta essa pobre coitada!
Larga-lhe as asas, Alfredo!
Vê como treme assustada...
Vê como treme de medo...
Para sem pena espetá-la
Numa parede, menino,
É necessário matá-la:
Queres ser um assassino?”
Pensa Alfredo... E, de repente,
Solta a borboleta... E ela
Abre as asas livremente,
E foge pela janela.
“Assim, meu filho! perdeste
A borboleta dourada,
Porém na estima crescente
De tua mãe adorada...
Que cada um cumpra a sorte
Das mãos de Deus recebida:
Pois só pode dar a Morte
Aquele que dá a Vida.”



Leilão de Jardim (CECILIA MEIRELLES)

Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio
de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua
canção?
E o grilinho dentro
do chão?
(Este é meu leilão!)



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